terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Trono: Pipa Cavalcanti

Entrevistei pelo Castelo do Poeta Pipa Cavalcanti, paraense radicada em Minas, seu estado de coração, de alma, de trabalho e de desenvolvimento artístico. Residindo em Belo Horizonte, Pipa é fotógrafa, estudante de Teatro, cantora, instrumentista e compositora e jornalista.
DEZ perguntas, DEZ respostas, fotos, filme e muitas formas de fotografar, cantar, tocar, compor, escrever, atuar. Ela chegou ao Trono do Castelo.

UM
CP: Você escreve, toca,compõe, canta, atua e fotografa. Tem algo no meio artístico que ainda gostaria de fazer???

PP: Eu gostaria de saber dancar. Digo, não necessariamente ser uma bailarina, mas o suficiente pra nao tropeçar, desequilibrar ou pisar no pé de alguem. Eu sou desengoncada. Assumo. Também seria super legal saber desenhar bem. Queria saber fazer tantas outras coisas. Mas no momento atual da minha vida, eu so tenho sentido falta da dança mesmo.


DOIS
CP: Dentre a música, as artes cênicas, fotografia e literatura, o que você gostaria de fazer e ainda não fez??

PP: Escrever um livro. Ja fiz vários rascunhos, inclusive. Mas ainda não aconteceu. Exposições, um filme, mais teatro, disco, todas estas coisas estão sempre na minha cabeça. Sempre penso em novos projetos. Às vezes tenho dificuldade em colocá-los em prática. Mas o livro é mais genuino que as outras vontades. ao menos por enquanto. Até porque seria muito mais desafiador pra mim. Penso em fazer um livro multimídia: com imagens, músicas e textos.





















Pipa

TRÊS
CP: Existe uma preferência dentre todas estas habilidades??

PP: É difícil dizer por que depende muito do dia. Tem dia que eu acordo mais fotógrafa ou mais poeta, mais cantante. Depende do meu humor, na verdade (risos). É uma pena que nunca aconteceu de eu acordar mais dançarina. Ultimamente tenho acordado mais atriz.


QUATRO
CP: E tem alguma que você diz ou acha que é melhor ou alguma que falta mais pra atingir um parâmatro modelo pra você??

PP: Certamente eu me sinto mais à vontade atrás de uma câmera fotográfica ou atrás de um violão. Mas ainda preciso me aperfeiçoar e muito. Gosto do lance do teatro também e considero que é aqui que preciso me aperfeiçoar mais. O teatro me é muito mais desafiador. Sobretudo, acho que em todas elas eu preciso trabalhar minha timidez. Soltar a voz, me sentir mais segura em cena, e dar a minha cara a tapa na fotografia e na literatura.















Pipa fotografando

CINCO
CP: Existe uma imagem, um sentimento ou alguma coisa que facilmente seria adaptada ou relacionada às quatro habilidades na sua opinião??

PP: É engracado porque eu me considero bastante eclética. Na música e na literatura eu sou quase uma romantica desiludida. Gosto de falar sobre coisas do cotidiano, não necessariamente profundas. Já no teatro e na fotografia eu sou mais "violenta". Gosto de trabalhar com temas mais fortes, mais chocantes.


SEIS
CP: A propósito, em todas das atividades, você já se sentiu constrangida ou politicamente incomodada alguma dificuldade??

PP: Não diria que constrangida, mas no teatro, como temos que emprestar o nosso corpo pra personagem em questão, às vezes todo o trabalho cênico nos faz encarar algumas emoções que já estavam anestesiadas. É dificil. Mas não impossivel de superar, de se superar. Funciona como uma terapia.





















Pipa atuando em: "Nos nos vendemos por sonhos de valsa", dez 2010 com Direçao de Cynthia Paulino

SETE
CP: Você ganhou um prêmio como compositora muito cedo, é isso???

PP: Não, mas aos 15 anos, participei do meu primeiro festival da canção, e minha música foi uma das finalistas. A canção se chamava "Rosa dos ventos"


OITO
CP: Quais as suas referências nas quatro modalidades culturais que você se inspira pra trabalhar??

PP: Musicalmente, lá em casa eu escutava muito Jazz e Bossa Nova com meu pai. Depois, na minha fase adolescente, comecei a curtir mais rock. Mas se for pesar, escuto mais jazz do que rock. Na literatura já tive minha fase Augusto dos Anjos, mas hoje estou mais pra Cecilia Meireles ou Clarisse Lispector. Gosto muito também das "chick lits", ou "literatura de mulherzinha", essa coisa mais moderna, como os textos da Fernanda Young e Tati Bernardi. Na fotografia, eu gosto muito dos grandes fotografos como Cartier Bresson ou Capa, mas tenho procurado fazer um trabalho mais autoral, mais minha cara mesmo. Tenho pesquisado uma linguagem propria e tal. Nas Artes Cênicas eu gosto muitissimo da Julie Andrwes. Ela é minha atriz favorita. Talvez não pela sua atuação propriamente dita, mas pelos filmes que me marcaram, como a Noviça Rebelde e Mary Popins. Mas não consigo pensar numa inspiração maior. Tudo o que sei de teatro aprendi com os meus professores/diretores Luiz Arthur e Cynthia Paulino (casal renomado no Ensino do Teatro em Belo Horizonte), que são minha escola.















Pipia cantando e tocando

NOVE
CP: E o que acha de ter um parceiro que um dia vai fotografar com você, vai fazer música e se apresentar com você, que pode escrever com você e até talvez atuar com você?? Ele tem que ser muito parecido ou talento basta (a pergunta foi oriunda do vídeo em anexo quando um ensinava o outro a tocar uma canção de autoria própria)??

PP: Eu acho bacana! Ter parceria é sempre bom porque crescer sozinho é um saco, mas pra estar do meu lado não precisa ser muito parecido. Talento basta.


DEZ
CP: Quais os objetivos próximos da Pipa Cavalcanti??

PP: Tirar carteira de motorista. Quero terminar o curso de teatro, continuar atuando, compor mais músicas bonitinhas, escrever mais textos legais. Meu objetivo é ir em frente. E tirar a carteira de motorista!



Aqui no Castelo ela é Rainha, pelas inúmeras considerações artísticias que edifica. A Pipa foi talvez a surpresa mais agradável de minha vida pessoal. Até então eu desconhecia alguém com tantas capacitações e talento puro em todas. Muito simples, na dela, começamos aos poucos trabalhar juntos e brincar de fazer arte. Daí percebi o quanto ela se supera, vive quando está na Arte. Ela me agradou muito quando se fez disponível para declamar, inaugurando o Verso Liso no Castelo, com o meu poema Na Fotografia. Logo, como demonstrado em vídeo ela me ensinou sua canção Pedacim e aprendeu belissimamente Saudade e fomos trocar ideia assistindo uma apresentação teatral ou seja: esta entrevista está acontecendo há tempos. Costumo dizer a ela que ela é a minha versão feminina, entretanto mais apurada, abençoada e muito mais linda e talentosa. Mas sentimentos temos os mesmos e entedê-la para mim é fácil e entender-me para ela também. Portanto, esta materia acima está prontinha e todos vocês vão compreender completamente quem é Pipa Cavalcanti, o por quê dela no Castelo e dela sendo questionada por mim em vários quesitos e prometo: este foi só o começo. Ela voltará aqui colaborando e dando também tudo de sua arte. Quem quiser conhecer mais sobre a artista é só entrar em http://rimasetrovoes.blogspot.com.

João Lenjob
twitter: @lenjob
http://lenjob.blogspot.com

FOTOS CEDIDAS E AUTORIZADAS POR PIPA CAVALCANTI
VÍDEO PRODUZIDO PRODUZIDO POR CASTELO DO POETA E AUTORIZADO POR PIPA CAVALCANTI
ENTREVISTA AUTORIZADA POR PIPA CAVALCANTI

3 comentários:

  1. Joooooooãozinho!
    Ficou ótima essa entrevista.
    Vocês dois tocando, que coisa mais linda!
    Quero tambéeem viu?!
    Sucesso querido!Te vejo no sofá do Jô daqui alguns dias. rsrs
    Beijos
    Rafa

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  2. Eu conheço a Pri (Pipa) desde a minha infância (5 ou 6 anos...). Faltam palavras para descrevê-la e nesta entrevista o João conseguiu, ao menos na essência, trazer ao público um pouco da grande pessoa que ela é. Parabéns!

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  3. ain gente *-* gosteei mt. ficou mt bacana (: vçes tocando juntos ficou mt lindo ! Parabéns sucesso sempre !

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