Soberba
Enedina Bentes
Eu não vou fazer poemas com régua e compasso,
Nem usar bússola, trena ou calculadora,
Eu nunca quis um manual de passo-a-passo
Posto que minha alma vaga livre e sonhadora.
Quando eu leio, eu não disseco a poesia,
Como cadáver sobre a pedra estudado
A minha arte é cara e fina prataria
E por meros fingidores não será menosprezada.
Eu me recuso a pôr espartilhos nos versos
Pra que o formato agrade a gregos e troianos
Eu prefiro perambular por becos incertos
Do que seguir mapa riscado por mestres profanos.
Minha pena não escreverá uma frase sequer
Para atender as expectativas alheias
Eu uso de minha liberdade de mulher
Para construir fio a fio minhas próprias teias.
Dando sequência à Triologia, outro belo poema da Escritora e Viscondessa Enedina, que com talento, apresenta sua literatura. Na próxima semana a terceira e última parte.
João Lenjob
twitter: @lenjob
http://lenjob.blogspot.com
Enedina Bentes
Eu não vou fazer poemas com régua e compasso,
Nem usar bússola, trena ou calculadora,
Eu nunca quis um manual de passo-a-passo
Posto que minha alma vaga livre e sonhadora.
Quando eu leio, eu não disseco a poesia,
Como cadáver sobre a pedra estudado
A minha arte é cara e fina prataria
E por meros fingidores não será menosprezada.
Eu me recuso a pôr espartilhos nos versos
Pra que o formato agrade a gregos e troianos
Eu prefiro perambular por becos incertos
Do que seguir mapa riscado por mestres profanos.
Minha pena não escreverá uma frase sequer
Para atender as expectativas alheias
Eu uso de minha liberdade de mulher
Para construir fio a fio minhas próprias teias.
Dando sequência à Triologia, outro belo poema da Escritora e Viscondessa Enedina, que com talento, apresenta sua literatura. Na próxima semana a terceira e última parte.
João Lenjob
twitter: @lenjob
http://lenjob.blogspot.com
TEXTO CEDIDO E AUTORIZADO POR ENEDINA BENTES
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