quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Biblioteca: Mohara Villaça

Eu/você
Mohara Villaça

Eu gosto muito de você.
Gosto do seu sorriso e de quanto seu tamanho de doçura me contém, esmaga minhas dores como se elas não existissem.
Sua cara assim, sorrindo, inibe meus medos de uma forma tão absurda
(que eles se escondem de você – e só reaparecem quando você some)
Eu gosto de você e tenho medo de te perder. E tenho medo de te deixar ir. Não sei se algo em mim consegue te libertar.
Acho que não. Acho que não quero.
Eu gosto muito de você.
E quero desvendar hoteis, viajar de avião, rir.
Eu amo você.

 
O que Segue Depois
Mohara Villaça

Assim, hoje.
Eu me despeço das coisas que fomos todos.
E das que deixamos também de ser. Das que não fomos.
A ligação que mantive como num laço dourado de afeto rasgou-se. Efim.
Dela não resta nada, nem um fio sequer. Ela se foi. E nós chegamos na encruzilhada eu parti sozinha e vocês foram pra outro lugar.
Eu não fiquei.
Nunca fico.
Hoje, assim. Tirei todos vocês de mim pra nunca mais chamar de volta. fim.

Mais uma vez no Castelo uma rodada dupla desta brilhante escritora residente em Belo Horizonte chamada Mohara Villaça. Mais sobre esta tão formosa profissional em seu blog Press Word Ponto. 

Castelo do Poeta 
@castelodopoeta

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