Castelo do Poeta entrevista Vinícius Gonçalves Inácio, músico, compositor, produtor mineiro.
DEZ perguntas, DEZ respostas, algumas fotos, filme e muitas formas de musicar.
Por João Lenjoba
twitter: @lenjob
UM
CP: Quando começou sua historia musical?
VI: Minha historia com a música começou bem cedo. Desde que me entendo por gente a música estava lá. Cresci em Nova Era e lá tivemos um contato muito peculiar com a música. A banda Lagoana, o Clube da Esquina, os Beatles, as festas, os bares, enfim... aonde íamos, tinha música, boa música!!! Comecei brincando ao violão lá pelos 12 anos e de lá pra cá não larguei mais. Levei a música por diversão e tal até que fui percebendo que ela me fazia bem e que não poderia viver sem respirar som, entende?
DOIS
CP: Entendo, claro! Participei disso com você. Mas o que você costuma ouvir quando quer curtir música e o que ouviu até hoje? O que você acha que todo músico deveria ter na cabeceira pra ouvir sempre?
VI: Tenho escutado muito Djavan e Pat Metheny. Minha grande referencia é o Clube da Esquina. Agora passei por estágios no rock nacional, Roberto Carlos, Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, música clássica e tenho que estar sempre aberto para ouvir tudo que possa ser considerado boa música. Este é o caminho.
TRÊS
CP: Você sempre teve o anseio pela produção ou foi encaminhado a ela por ser músico?
VI: Sempre tive a mania de ouvir musica analisando, até que fiz um curso de apreciação na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e lá tive uma professora que sempre dizia para eu simplesmente escutar e nada mais. Para produzir tive que aprender que existe uma magia transcendente. A música vai fluindo e o produto final é sempre mágico. Imagina uma escultura feita a várias mãos...
QUATRO
CP: Para ser produtor musical basta conhecimento técnico ou tem que ter uma bagagem musical, Vinícius?
VI: Muita bagagem, que se adquire escutando música. Vejo que os músicos tem escutado pouca música. O mp3 ofereceu aos músicos uma enorme quantidade de música. Em condições normais levaríamos anos para digeri-las. Agora, escutar música é outra coisa. Um bom disco leva anos para ser digerido. Você já escutou quantas vezes o Sergeant Peppers (Lonely Hearts Club Band - disco dos Beatles lançado em 1967 considerado um marco na música Pop)? 50, 100, 1000 vezes? É disso que estou falando. Cada vez que escutamos temos novas impressões.
CINCO
CP: Você tem aprimorado seu conhecimento e ouvido desde que começou a produzir?
VI: Sem dúvida!!! Lamento não ter mais tempo para ouvir meus ídolos e conhecer novas bandas. Tenho aprendido a conviver com meus limites e aceitá-los.
SEIS
CP: Eu já o conheço há um tempo considerável (Vinícius é amigo de infancia, desde meus tempos também na cidade de Nova Era) e sempre o ouvi tocando violão e guitarra. Depois da era produção você começou a tocar outros instrumentos?
VI: Sim, tenho estudado um pouco de teclado, baixo, flauta.
SETE
CP: Você fez comigo a canção Abracadabra, quando escrevi a letra e você fez a melodia. Você tem outros trabalhos assim ou geralmente faz tudo sozinho?
VI: Quase sempre em parceria e movido por algum tipo de necessidade. No estúdio (Sanjazz) as demandas rolam e temos que resolver. Com os amigos é a mesma coisa. Não podemos deixar para trabalhar amanhã. Temos a matéria-prima e amor pela coisa. Então temos que fazer. Vencer a correria do dia-a-dia, parar, viabilizar a coisa e fazer, concretizar.
OITO
CP: Você tem ou gostaria de ter outras habilidades artísticas além das musicais?
VI: Se tenho não sei. Certa vez ouvi que a música é exclusivista, ou seja, ela quer você por inteiro. Acho que estou neste caso, enfeitiçado. Penso e respiro música.
NOVE
CP: Quais as dificuldades que você acha que tem o artista ou atleta alternativo brasileiro?
VI: Temos muitas dificuldades. O Governo trata suas políticas sempre na ponta e não na base.
DEZ
CP: Quais os projetos do músico e produtor Vinícius para frente?
VI: Quero gravar um CD reunindo meus amigos. Tenho pesquisado pequenos movimentos da música aqui de Belo Horizonte e percebo um elo entre eles. Será que a noite chegou outra vez???
O músico e Visconde Vinícius Inácio reside em Belo Horizonte e além de compor, é empresario e produtor do Estúdio SANJAZZ, que também é Escola, Loja e afins. Para saber mais a respeito o link é http://www.sanjazz.com.br.
DEZ perguntas, DEZ respostas, algumas fotos, filme e muitas formas de musicar.
Por João Lenjoba
twitter: @lenjob
UM
CP: Quando começou sua historia musical?
VI: Minha historia com a música começou bem cedo. Desde que me entendo por gente a música estava lá. Cresci em Nova Era e lá tivemos um contato muito peculiar com a música. A banda Lagoana, o Clube da Esquina, os Beatles, as festas, os bares, enfim... aonde íamos, tinha música, boa música!!! Comecei brincando ao violão lá pelos 12 anos e de lá pra cá não larguei mais. Levei a música por diversão e tal até que fui percebendo que ela me fazia bem e que não poderia viver sem respirar som, entende?
DOIS
CP: Entendo, claro! Participei disso com você. Mas o que você costuma ouvir quando quer curtir música e o que ouviu até hoje? O que você acha que todo músico deveria ter na cabeceira pra ouvir sempre?
VI: Tenho escutado muito Djavan e Pat Metheny. Minha grande referencia é o Clube da Esquina. Agora passei por estágios no rock nacional, Roberto Carlos, Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd, música clássica e tenho que estar sempre aberto para ouvir tudo que possa ser considerado boa música. Este é o caminho.
TRÊS
CP: Você sempre teve o anseio pela produção ou foi encaminhado a ela por ser músico?
VI: Sempre tive a mania de ouvir musica analisando, até que fiz um curso de apreciação na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e lá tive uma professora que sempre dizia para eu simplesmente escutar e nada mais. Para produzir tive que aprender que existe uma magia transcendente. A música vai fluindo e o produto final é sempre mágico. Imagina uma escultura feita a várias mãos...
QUATRO
CP: Para ser produtor musical basta conhecimento técnico ou tem que ter uma bagagem musical, Vinícius?
VI: Muita bagagem, que se adquire escutando música. Vejo que os músicos tem escutado pouca música. O mp3 ofereceu aos músicos uma enorme quantidade de música. Em condições normais levaríamos anos para digeri-las. Agora, escutar música é outra coisa. Um bom disco leva anos para ser digerido. Você já escutou quantas vezes o Sergeant Peppers (Lonely Hearts Club Band - disco dos Beatles lançado em 1967 considerado um marco na música Pop)? 50, 100, 1000 vezes? É disso que estou falando. Cada vez que escutamos temos novas impressões.
CINCO
CP: Você tem aprimorado seu conhecimento e ouvido desde que começou a produzir?
VI: Sem dúvida!!! Lamento não ter mais tempo para ouvir meus ídolos e conhecer novas bandas. Tenho aprendido a conviver com meus limites e aceitá-los.
SEIS
CP: Eu já o conheço há um tempo considerável (Vinícius é amigo de infancia, desde meus tempos também na cidade de Nova Era) e sempre o ouvi tocando violão e guitarra. Depois da era produção você começou a tocar outros instrumentos?
VI: Sim, tenho estudado um pouco de teclado, baixo, flauta.
SETE
CP: Você fez comigo a canção Abracadabra, quando escrevi a letra e você fez a melodia. Você tem outros trabalhos assim ou geralmente faz tudo sozinho?
VI: Quase sempre em parceria e movido por algum tipo de necessidade. No estúdio (Sanjazz) as demandas rolam e temos que resolver. Com os amigos é a mesma coisa. Não podemos deixar para trabalhar amanhã. Temos a matéria-prima e amor pela coisa. Então temos que fazer. Vencer a correria do dia-a-dia, parar, viabilizar a coisa e fazer, concretizar.
OITO
CP: Você tem ou gostaria de ter outras habilidades artísticas além das musicais?
VI: Se tenho não sei. Certa vez ouvi que a música é exclusivista, ou seja, ela quer você por inteiro. Acho que estou neste caso, enfeitiçado. Penso e respiro música.
NOVE
CP: Quais as dificuldades que você acha que tem o artista ou atleta alternativo brasileiro?
VI: Temos muitas dificuldades. O Governo trata suas políticas sempre na ponta e não na base.
DEZ
CP: Quais os projetos do músico e produtor Vinícius para frente?
VI: Quero gravar um CD reunindo meus amigos. Tenho pesquisado pequenos movimentos da música aqui de Belo Horizonte e percebo um elo entre eles. Será que a noite chegou outra vez???
O músico e Visconde Vinícius Inácio reside em Belo Horizonte e além de compor, é empresario e produtor do Estúdio SANJAZZ, que também é Escola, Loja e afins. Para saber mais a respeito o link é http://www.sanjazz.com.br.
FOTOS E FILME PRODUZIDOS PELO CASTELO DO POETA NO ESTÚDIO SANJAZZ
ENTREVISTA E MATERIAL AUTORIZADOS POR VINÍCIUS INÁCIO
ENTREVISTA E MATERIAL AUTORIZADOS POR VINÍCIUS INÁCIO
Muito pertinente a resposta da pergunta 4; em tempos de pressa, superficialismo e pragmatismo a pessoa "baixa" centenas de músicas de determinado artista e sai argumentando que conhece a discografia, que possui tudo do cara. È tudo muito solto, não se percebe a evolução do artista ou o conceito evolutivo da banda disco a disco. E cada disco degusta-se incontáveis vezes até ir para o próximo, depois de conhecer os músicos, detalhes das canções...
ResponderExcluirEsse algo mais que é tudo.
Em relação a outras habilidades, Vinícius até tentou futebol e outros "gostos", mas acho que só sobrou a música mesmo...
Christiano G. Araújo.
Vinícius Inácio - mais conhecido como " cirola"...
ResponderExcluirmusico nato,artista deste adolescencia em Nova Era, animava nossa festa e a turma.
me lembro dele.Era so, pegar o violão e eu pirralha, menina mesmo,descobrindo o é musica só pedia toca leãozinho, do caetano.Ele
devia pensar que Menina chata ,so pede essa musica...kkkkkk ai ele so ia me vendo tocava a danada da musica leaozinho pra mim...acho que era pra eu dar paz pra ela,mas tocade tudo esempre atencioso, educado,e cantava e canta
fico feliz de saber que esta na ARTE......
PARABENS!!!!!PELO Estúdio SANJAZZ,
VOCÊ MERECETUDO DE MELHOR....SUCESSO SEMPRE!!!!!PROSPERIDADE!!!! SAUDE!!!PAZ!!!!
um grande abraço
CLAUDINHA F.SERRANO DOS REIS CARVALHO
Excelente entrevista! Parabéns Castelo do Poeta!
ResponderExcluir"Temos muitas dificuldades. O Governo trata suas políticas sempre na ponta e não na base." Esse é um problema sério e que não está tão escondido assim para receber a resistência que recebe. E a dificuldade em cuidar das bases é fantasmagórica, ou seja, está num imaginário imposto pelos que se dizem "perfeitos" representantes do belo (Europa e EUA). " Certa vez ouvi que a música é exclusivista, ou seja, ela quer você por inteiro. Acho que estou neste caso, enfeitiçado. Penso e respiro música." A música parece estar em tudo, ser necessária em tudo, é algo primordial, fundamental no ser humano. Atinge nossas emoções, memórias e projetos diretamente, sem muito esforço!
Ver o trabalho de Vinícius é sempre muito bom!! Como prima-irmã, sou suspeita pra falar!ou sua fã! Parabéns pela entrevista!
ResponderExcluirLuciana