(para Ademir Ramos)
Ana Peixoto
Estas árvores altas e frondosas
Dão sombra, flores e frutas saborosas.
À sombra ato a rede
Tomo um banho de água fresca
Provo a água, mato a sede
E deixo o tempo tomar a dianteira
Com galhos secos faço o fogo na churrasqueira
E enquanto vira carvão e brasa,
Na varanda da casa
Cato feijão de praia e arroz
Ponho para cozinhar os dois
Com jabá e manjericão
Faço um gostoso baião
Acompanhado de cheiro verde
Limão, murupi e pirão
Com jaraqui, DESTE TAMANHO,
Assado na brasa
O pessoal de casa, diz: OBA! Aos gritos.
Bebo um gole de licor de jenipapo,
Saboreio um suco gelado de apuruí
Tá servido?
Para a sobremesa tem doces de cupuaçu,
Jaca e bacuri
Mas se preferir comer caju, ingá e umari
É só pegar no galho,
Não dá trabalho.
Agora satisfeito, me deito.
Deito na rede para embalar
E ouvir o vento cantar no mato
Uma doce canção de ninar.
Estou em casa, no quintal.
Moro na Amazônia
E o mundo sonha
Ter um lugar igual.
E novamente uma Profissional da Literatura direto do Amazonas. Ana Peixoto enviou este belo poema e esperamos que ela esteja sempre por aqui assim como sua amiga que nos indicou, Franciná Lira.
Castelo do Poeta
twitter: @castelodopoeta
TEXTO CEDIDO E AUTORIZADO POR ANA PEIXOTO
Pode contar sempre comigo João!!!
ResponderExcluirAbraços!!!
Lindo
ResponderExcluirSendo homenageada pela APAE ITACOATIARA na Feira Cultural e literária dia 27 de novembro de 2024
ResponderExcluir