Com o Cetro: Andréa Canivato

Quadro para profissionais da Cultura Brasileira com perguntas fixas elaboradas por João Lenjob inspirado no Livro Entrevistas de Clarice Lispector. Outros Profissionais com o Cetro.

Andrea Cavinato, Paulista, Professora, Pesquisadora, Contadora de Histórias

Você critica seus próprios trabalhos?

Antes costumava ser muito crítica. Fui exigente demais até perceber que o ideal não existe. Hoje em dia busco mais aceitar e reconhecer quando construí um bom trabalho.

O que é o amor?

Convivência, admiração, sentimento que se constrói no cotidiano e sem o qual tudo nessa vida fica sem a menor graça.

As conquistas interferem na vida pessoal?

Não diria que interferem, mas me deixam feliz e me estimulam a seguir em frente.

Qual o maior momento da carreira?

Quando sinto que estou realizando um grande sonho, mesmo que não estivesse claro antes, mas que se concretiza, pode ser de forma inesperada ou com muita batalha, muito trabalho. Não tem a ver com dinheiro, prestígio ou reconhecimento e sim com uma profunda convicção interna e pessoal.

Quando você sabe que vai dar certo algum trabalho?

Dar certo é muito relativo então me pergunto: -o que é dar certo? Sob qual ponto de vista? Ás vezes, o retorno demora. Traz prestígio, às vezes. Alguns trabalhos têm retorno financeiro imediato, noutras não, em alguns casos agrada o público, mas não a crítica. Então pra mim é quando tenho a sensação de prazer, de crescer como ser humano.

Como você acha que o Castelo pode ser exemplar ou inspirador através da sua pessoa?

Com certeza espaços para trocas e comunicação, espaços sensíveis à trajetória de pessoas que sonham e buscam concretizar suas idéias sempre podem ser inspiradores.

O seu trabalho é a coisa mais importante de sua vida?

Já foi sim. Hoje em dia não é mais. O amor e a gratidão (aprender a reconhecer o que a vida me dá) ocupam o primeiro lugar.

O que você mais deseja atualmente? 

Gostaria muito de ter um filho e um coletivo de pessoas com as quais pudesse trocar idéias sobre Teatro, arte, literatura, educação...

Como as pessoas podem interferir no seu trabalho?

Depende do lugar que as pessoas ocupam na minha vida. Se for um professor que admiro, me ajuda e muito a conquistar o que desejo. Diretores, atores e atrizes que admiro às vezes me inspiram. Hoje em dia busco valorizar minha intuição e dar mais ouvidos a mim mesma.

Quais os profissionais da arte, moda, esportes, educação, saúde e afins você mais admira pela natureza profissional e pessoal?

Uma professora que tive dizia sempre que eu transformava todo mundo em mito então minha lista seria muito grande, vou tentar citar alguns: diretores de teatro Lubi ( Luis Fernando Marques), Rodolfo Garcia Vásquez, Ilo Krugli, Eugenio Barba, e José Celso Martinez. Atores: Marcelo Airoldi, Rodrigo Mercadante, Dinho Lima Flor, Ivam Cabral Atrizes: Isabel Teixeira, Mariana Senne, Patrícia Selonk, Cléo de Páris, Roberta Carreri, Julia Varley, Letícia Sabatella. O poeta italiano Eugenio Montale; em Educação admiro meu orientador do doutorado Marcos Ferreira Santos, Paulo Freire e o italiano Ricardo Massa. Na área da saúde Albert Sabin, Patch Adams. Nas artes visuais, em especial ilustrações Fernando Vilela, Laura Gorski. No jornalismo cultural Marcelo Rubens Pa e o querido Daniel Piza (in memorian), literatura Milton Hatoum, Salman Rushdie, no cinema André Klotzel.  Em dança Cristian Duarte. Em moda e em esportes não presto muita atenção.

Também é estreante no Castelo a jovem artista Andréa Canivato, de Limeira. Nós esperamos vê-la e tê-la muitas vezes aqui.

Castelo do Poeta

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